O Cristo Morto de Pedro Americo - Otin Luma - Books - Independently Published - 9781794673298 - January 22, 2019
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O Cristo Morto de Pedro Americo

Otin Luma

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O Cristo Morto de Pedro Americo

PrólogoAh! A doce fase de nossa vida a que chamamos de adolescência. Erramos só por errar. Nos rebelamos contra tudo. Temos as ideias e as intenções mais louváveis que possa existir. O brilho em nossos olhos demonstra toda a intensidade de nossas vibrações e esta energia é gasta muitas vezes em ideias mirabolantes e infundadas. Tal como esta estória. A estória de como um "Cristo Morto" poderia ter mudado o perfil social de uma pobre gente faminta, e mudado os parâmetros de desenvolvimento de uma pequena cidade do interior do estado da Paraíba no Nordeste do Brasil. Areia. IntroduçãoAreia! Cidade de clima muito agradável localizada na serra da Borborema a cerca de 130 km de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. Atingindo uma altitude de 1700 m, as chuvas nesta região são muito constantes, o que originou o nome carinhoso desta pacata cidade de: "Brejo de Areia". A sua população é composta na maioria, por trabalhadores rurais, pequenos comerciantes, agricultores e pecuaristas. Como ocorria em todas as cidades do interior do Nordeste em Areia também era comum a prática do "Coronelismo" *. A elite social, elegia o Prefeito e ele dirigia o rumo do desenvolvimento da cidade, para dentro das cercas de suas vistosas propriedades repletas de plantações e criações afim. Enquanto isto, o povo nem se quer era reconhecido como gente. ¹ Criaturas famintas moravam ainda em habitação de pau-a-pique. Nem mesmo o Clero, representado pelo missionário que administrava a elegante Igreja da cidade, se importava com os miseráveis e necessitados. Lembro-me com lamúria de uma breve visita do bispo a cidade de Areia em que, um dia antes de sua chegada, na missa do dia, o padre pediu a todos os filhos ilustres de Areia, presentes para o clérigo. "O bispo gosta muito de laranja..." dizia o Padre ao decorrer da missa, dirigindo-se a um dos fidalgos. "_Ele iria ficar muito contente se ganhasse uma daquelas suas vacas pintadas, senhor Borjes..." E assim foi feita a belíssima recepção do honrado religioso. Este era o trabalho social do representante de Deus na cidade de Areia, servir a quem não precisava. Contudo a cidade ainda era afamada por ser terra natal do grande pintor Pedro Américo. Na simplória casa em que nascera o pintor, hoje "Museu de Pedro Américo", encontra-se vários objetos que lhe pertenceram. Desenhos, paletas, livros pessoais e até à palmatória, com a qual os seus pais, o reprimiam. Um pequeno quadro pintado em pastel compondo um dos, "Cristo Morto", pintado em 1901, e um autorretrato do pintor sem data, eram as únicas obras de pinturas originais no acervo do museu. A pequena pinacoteca do grande pintor! Em contraste com a pobreza do acervo artístico e a falta de homenagens ao grande pintor reconhecido mundialmente, as homenagens a políticos e religiosos se destacavam consumindo dos fundos públicos e dos fundos da Igreja, montantes incalculáveis. Isso acontece em todo nordeste do Brasil até os dias atuais. ¹ (Esta era a minha única visão nesta época em que eu era adolescente).

Media Books     Paperback Book   (Book with soft cover and glued back)
Released January 22, 2019
ISBN13 9781794673298
Publishers Independently Published
Pages 110
Dimensions 152 × 229 × 7 mm   ·   213 g
Language Portuguese  

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