A Loucura do Espirito v.1 - Cleberson Eduardo Da Costa - Books - Createspace Independent Publishing Platf - 9781979837590 - November 17, 2017
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A Loucura do Espirito v.1

Cleberson Eduardo Da Costa

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A Loucura do Espirito v.1

Hannah Arendt[1], em seu livro "Eichmann em Jerusalém: relatório sobre a Banalidade do Mal[2]" (1963), fala-nos sobre a existência do Homo Totalitarius[3], definido por ela como um fenômeno moderno. Ou seja, O Homo Totalitarius (Nazista, Fascista, etc.), segundo a filósofa, não existia, como tal, antes do início da era moderna (séc. XVI ou XVII). Na visão de Hannah Arendt, sendo assim, o Nazista Eichmann era "uma pessoa normal", e o Nazismo também não tinha nada de demoníaco, patológico ou "psicopatológico". Os nazistas, segundo ela, eram apenas o resultado, produto ou a consequência de um consentimento político dado por homens e mulheres completamente "normais", tal como Eichmann.
Pergunta-se:
Estaria Hannah Arendt, ao escrever esse livro e publicá-lo dois anos depois do julgamento de Eichmann, tomada por um relativismo ético ao não caracterizar as práticas totalitárias (nazistas, fascistas, etc.) como atos patológicos ou psicopatológicos?

Pensa-se que não. Apesar de a filósofa, nessa época, ainda não ter escrito o livro "A vida do espírito", o que só foi publicado em 1978, três anos após a sua morte (1975), certamente ela já tinha desenvolvido ou vinha desenvolvendo importantes axiomas sobre "O Pensar". Segundo também teorizou Hannah Arendt, por exemplo, "O mal não é ontológico; não é uma patologia ou psicopatologia. Não é uma condição natural ou algo inerente ao ser. Não é metafísico. É consequência de um vazio do pensamento". Isto é, "o mal", segundo Hannah Arendt, "é político e histórico; é uma banalidade trivial de grupo ou de classe". A problemática, dentro desse novo contexto, agora seria outra:
Se o mal, como defendeu a filósofa, não é ontológico, não é natural, não é metafísico; se não é uma patologia ou psicopatologia inerente ao ser; se é político e histórico; se é uma banalidade trivial de grupo ou de classe (consequência de um vazio do pensamento), "qual seria então a origem do mal antes mesmo dele ser político e histórico?".

Em outras palavras:
"De onde supostamente se origina o mal antes mesmo dele ser uma banalidade trivial de grupo ou de classe (político e histórico)?"
II
Embora respeitando toda a magnitude intelectual da filósofa, pensa-se, nesse livro (tese de Doutorado em Filosofia, Teologia e Saúde mental), não somente de forma diferente, mas também (radical e de conjunto) muito além dos axiomas defendidos por Hannah Arendt. Longe de explicações pautadas em cunho religioso, para nós, mesmo que o mal não seja ontológico, mesmo que ele não seja uma patologia ou psicopatologia inerente ao ser, antes de ser político e histórico, grupal ou de classe, longe de ser o produto de um suposto vazio do pensamento, ele é sim metafísico: só que um Desvio Metafísico e/ou filosófico; e, nesse sentido, também o mesmo que um estado de loucura só que o de uma Loucura do Espírito, uma vez que espírito, em filosofia, significa o mesmo que ideia."O que é Desvio metafísico e/ou filosófico?" - certamente deve estar se perguntando o leitor; "O que é Loucura do espírito?"; "Como o espírito enlouquece?". III
Essas são algumas das grandes e importantes questões que problematizaremos e responderemos ao longo deste trabalho.

Media Books     Paperback Book   (Book with soft cover and glued back)
Released November 17, 2017
ISBN13 9781979837590
Publishers Createspace Independent Publishing Platf
Pages 152
Dimensions 140 × 216 × 8 mm   ·   181 g
Language Portuguese  

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