Fundamentos da Agricultura Conservacionista

A agricultura conservacionista é responsável pela adequação das condições físicas, biológicas e químicas da agricultura às culturas para expressar seu potencial produtivo genético (ZACANARO; KAPPES, 2014). Até a década de 1950, a produção da agricultura brasileira dependia quase que exclusivamente da fertilidade natural dos solos, que é em sua maioria baixa devido à alta acidez e à presença de teores tóxicos trivalentes de alumínio para as principais culturas. Além desses problemas, destacamos também a baixa disponibilidade de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S), micronutrientes como Zn e Cu, baixa CEC e fixação de P em regiões tropicais, o que o torna indisponível para culturas, uma vez que o P é adsorvido por mecanismos eletrostáticos ou covalentes (ALCARDE et al. 1991). As práticas de correção da acidez e fertilização do solo contribuíram significativamente para a melhoria da fertilidade do solo ao longo dos anos (BERNARDI; MACHADO; SILVA, 2012). Outro conceito incorporado ao manejo da fertilização é a fertilização de sistemas de cultivos que pode ser definido como um recurso tecnológico que visa fertilizar o sistema de produção como um todo, em vez de fertilizar apenas uma única cultura (OLIVEIRA, 2010).