Maldito Fruto

Paixão e insanidade são dois caminhos que se bifurcam? Ela era ruiva, calada, brilhante e antissocial. Ela era um fetiche e um desejo latente, porque toda ela era mistério. Um homem fora escolhido por ela a aventurar-se em seus segredos; ele estava a partir de então, perdido para sempre. Neste romance, Jeferson, professor de História e Lizbeth, professora de Inglês, lecionam na mesma escola. Ela, classificada pelos colegas como "a esquisita", desperta no professor, casado e prestes a ter o primeiro filho, uma obsessão que breve torna-se delírio, e há o envolvimento de ambos. A princípio uma relação extraconjugal como qualquer outra, sua história juntos, entre aclives e declives nauseantes, onde o lugar comum e a calmaria desconhecem abrigo, logo sexo e desejo físico cedem lugar a sentimentos conflitantes e que tiram do prumo as existências de ambos. A singularidade da feminilidade de Lizbeth, narrada no ardor da quase loucura, nos diários escritos por Jeferson, nos leva a revelações perturbadoras sobre o passado dela, que de modo inesperado vão de encontro a ele, já sozinho, num futuro onde adentra uma outra ruiva misteriosa, e novamente o professor não resiste. O maior dos tabus será experimentado; o contato com a maldade genuína, será fato consumado. Quando as barreiras de impedimento moral inexistem, só resta a barbárie. Esta, praticada com requintes de crueldade, pune os inocentes e esconde os culpados. Erotismo, jogos de sedução, paixão desenfreada e no meio de tudo, quem sabe, indícios de um amor verdadeiro. Do outro lado: suicídios, um rastro de perdas irreparáveis e um crime chocante.